São João, o precursor de Jesus

Apesar de todo apelo popular e der ser completamente incorporado à cultura nordestina, os festejos de São João são sim religiosos. João Batista é o último dos profetas, o que anunciou ao mundo a chegada e a missão de Jesus. Na Arquidiocese da Paraíba, 5 paróquias são dedicadas ao Santo, mas ele também é festejado nas Paróquias que não o têm como padroeiro.

João Batista recebeu este nome pois era o profeta que batizava as pessoas no Rio Jordão. Filho de Isabel, prima de Maria, João iniciou sua missão ainda no ventre da mãe, quando, como diz os escritos bíblicos, “saltou de alegria” ao sentir a presença de Maria, grávida de Jesus. Este momento narrado no Evangelho de Lucas (Lc 1,39-45) faz parte da primeira parte da oração da Ave Maria, a oração católica mais conhecida e rezada no mundo.

O santo profeta era respeitado pelo povo e até por alguns poderosos, mesmo sendo ele o homem que denunciava a vida profana e adúltera dos políticos da época. Sua vida foi marcada por pregações que anunciavam a chegada do Messias e convidava as pessoas à conversão. Por incomodar a elite, teve sua cabeça cortada e entregue numa bandeja a Herodes.

A TRADIÇÃO

As tão faladas e conhecidas Festas de São João da região nordeste do país têm suas raízes na religiosidade e na cultura popular. A tradição de acender uma fogueira na véspera da festa da Natividade de São João Batista, que é dia 24 de junho, foi trazida pelos jesuítas durante a colonização do Brasil. Segundo a história narrada sobre o nascimento de João, Isabel prometeu à Maria que acenderia uma grande fogueira para avisá-la quando a criança nascesse. E assim o fez.

A fogueira foi se juntando a outros costumes, como as festas da colheita para os agricultores, que misturavam danças como o forrobodó africano, as danças circulares dos indígenas e as danças coreografadas dos salões europeus. As Missas, que sempre foram um momento de reunião das comunidades, faziam parte de todo esse momento de confraternização, surgindo então as quermesses.

A tradição se ampliou, abraçando também os festejos a Santo Antônio (13/06) e São Pedro (29/06).

NAS PARÓQUIAS

A festa religiosa segue firme, com novenário dedicado a São João inclusive em Paróquias que não o têm como padroeiro. Sem a possibilidade de realização das quermesses, devido à pandemia, as paróquias recorrem às programações online. As celebrações acontecem com a possibilidade da presença do público e também são transmitidas através da internet.

Fonte: Arquidiocese da Paraíba

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