O papa Francisco celebrou hoje (20) uma grande missa na basílica de São Pedro, no Vaticano, na qual canonizou 14 novos santos: o padre italiano José Allamano, a freira italiana Elena Guerra, a freira canadense Marie-Léonie Paradis e 11 mártires mortos por sua fé em Damasco, capital da Síria, entre os quais estavam sete frades espanhóis.
Desde o início da manhã, milhares de fiéis, especialmente recém-chegados e familiares dos novos santos, de vários países, chegaram hoje ao Vaticano para testemunhar a cerimônia.
O papa Francisco chegou à praça minutos antes das 10h30 (horário local). No início da missa, o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, o cardeal Marcello Semeraro, leu a biografia dos novos santos.
A seguir, acompanhado pelos postuladores que defendiam a causa das canonizações, o cardeal leu a petição para que o rito prosseguisse. A seguir, o papa Francisco leu a fórmula para declará-los santos.
O estilo de Deus é o serviço
Ao citar o Evangelho de são Marcos, o papa Francisco convidou os fiéis no início da homilia a pensar que Jesus também pergunta a cada um: “O que queres que faça por ti? Podes beber o meu cálice?”
Através dessas perguntas, segundo o papa, “Jesus traz ao de cima o vínculo e as expectativas que os discípulos nutrem para com ele, com as luzes e sombras próprias de qualquer relação”.
Francisco disse também que os discípulos inicialmente veem o Messias com a “lógica do poder”, enquanto Jesus, por outro lado, “vai mais fundo, escuta e lê o coração”.
Assim, Jesus revela-lhes que Ele não é o Messias que pensam, mas que “é o Deus de amor, que se abaixa para chegar aos que estão em baixo; que se faz fraco para levantar os fracos; que trabalha pela paz e não pela guerra; que veio para servir e não para ser servido”.
O papa disse também que “à sua direita e à sua esquerda estarão dois ladrões, suspensos na cruz como Ele e não instalados confortavelmente em lugares de poder; dois ladrões pregados com Cristo na dor e não sentados na glória”.
Assim, Francisco disse também que “quem segue Cristo, se quiser ser grande deve servir, aprendendo d’Ele”.
O papa Francisco disse também que Ele “ajuda-nos a pensar já não segundo os critérios do mundo, mas segundo o estilo de Deus, que se faz último para que os últimos sejam erguidos e se tornem os primeiros”.
O papa disse que as perguntas de Jesus são muitas vezes incompreensíveis para nós, mas “seguindo-O, percorrendo os Seus passos e acolhendo o dom do Seu amor que transforma a nossa maneira de pensar, também nós podemos aprender o estilo de Deus: o serviço”.
(Transcrito de ACI Digital)