Padre Luiz Junior defende valorização da família durante sessão na Câmara de João Pessoa

O padre Luiz Junior defendeu a valorização da família e da vida como fator fundamental para que se tenha uma sociedade sadia e harmônica, durante sessão especial realizada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), no último dia 10 de outubro, alusiva à ‘Semana Nacional da Vida’ e ao ‘Dia do Nascituro’, celebrados no período de 1 a 8 de outubro. Embora respeitando as opiniões contrárias, o padre da Paróquia São José declarou com veemência ser contra a ideologia de gênero, a qual considera uma agressão à família. O evento foi proposto pela vereadora Helena Holanda e secretariado pelo vereador Carlão.

Em seu pronunciamento na tribuna da Casa de Napoleão Laureano, o padre Luiz Junior disse que estamos vivendo um momento da história do mundo em que a vida e a família nunca estiveram tão ameaçadas. Conforme disse, existe um movimento mundial orquestrado para destruir a família. “Isso não é teoria da conspiração. Os ideólogos deste movimento – e aí está envolvido muito dinheiro, está envolvida a tecnologia em favor do mal, muita ciência em favor do mal – veem na família uma ameaça para o modelo de mundo que eles querem implantar. Existe um grupo que tem um ideal de mundo e eles veem na família a ameaça para alcançar este objetivo”, argumentou.

Ele adiantou que os ideólogos deste movimento dizem que a família é a raiz primeira de toda opressão do mundo: “A família é, segundo eles, um modelo opressor, um modelo patriarcal, onde tem um pai que manda, que é o patriarca; onde tem filhos que são obedientes e mulheres que são subservientes; e este modelo, que é um modelo opressor, precisa ser destruído para que no lugar dele surja uma sociedade livre, uma sociedade em que não há opressores nem oprimidos e como a família é este modelo, a família precisa ser destruída. Investem muito nisso, não nos enganemos”.

O padre conclamou todos a lutarem contra essa tentativa de destruição da família de forma árdua, constante, incessante e programada. “Nós precisamos nos unir, o poder público, a igreja… Mas lembrando que a causa da vida e da família não é uma causa somente da igreja ou de uma igreja”, disse ele, comentando que na sessão da Câmara estava presente uma integrante da Igreja Assembleia de Deus, a quem também convidou para lutar em prol da família, por ser uma causa comum de todo cristão, de todas as igrejas.

Para ele, o respeito e a defesa da vida aparecem como um dos princípios mais fundamentais e evidentes e pediu a atenção dos vereadores para projetos que podem trazer escondidas ações de destruição da família. “Não se admite nós vivermos num mundo onde a vida é ameaçada, onde a família é ameaçada. Uma das máquinas diabólicas que este movimento, estes ideólogos da destruição da família utilizam é a famigerada ideologia de gênero, que está sendo implantada senão claramente porque em muitos parlamentos estaduais, municipais eles não foram aprovados, mas agora o que é pior, de maneira sorrateira, de maneira covarde. Porque tirando e implantando a ideologia de gênero, colocando na cabeça das nossas crianças que ser homem ou mulher é uma construção social, eles atingem de morte o âmago da família. Querem fazer crer que devemos viver numa sociedade pansexuada; não há homens, não há mulheres, cada um agora é o que quiser na hora que quiser, faz o que quiser e isso atinge de morte a família”.

Segundo o padre Luiz Junior, muitos dos problemas e mazelas sociais, como a violência e o tráfico de drogas, por exemplo, são consequências de uma família desestruturada. “Se nós queremos uma sociedade sadia, nós devemos lutar para termos famílias sadias”, declarou, indagando sobre o que se tem feito contra a nova fobia da sociedade moderna –   a familiofobia, a agressão contra a família, o desrespeito à família? “A familiofobia, a agressão à família não pode ser permitida. Nós temos o direito de termos famílias educadas, famílias que nutram no seu núcleo, no seu meio, valores para que tenhamos uma sociedade sadia. Podem ter certeza, senhores vereadores, que muitos dos problemas que vocês debatem aqui seriam minimizados, se houvesse uma defesa maior em favor da família. A família é o santuário da vida. Não podemos falar em defesa da vida desassociado da defesa da família. É na família que a gente aprende bons valores. É na família que a gente aprende a defender a vida”, ressaltou.

E exortou: “Defendamos a família para que tenhamos uma sociedade sadia. Não estamos aqui pedindo nada demais, já que se defende tantas outras coisas, tantos outros grupos, queremos também ter os nossos direitos defendidos. Então as fobias do mundo hoje são expressadas na fobia à família, que é agredida. Hoje quando a gente fala em família, em valorizar a família, dizem ‘ah lá vem esse discurso ultrapassado, ah lá vem a igreja com essa conversa’, como se falar em família fosse uma coisa ultrapassada, fosse uma agressão, fosse um crime. Então nós queremos também, como tantos outros grupos são defendidos, que esta Casa volte o seu olhar para defesa da família, para defesa da vida desde o nascimento até a morte natural; para defesa da família, que é o santuário da vida. Não podemos pensar em defender a vida sem defender a família. É na família que a gente aprende a valorizar a vida, a dar valor a vida. E se assim não o é, se ainda não temos famílias que correspondem a esse ideal de família, é porque nós mesmos muitas vezes desistimos de lutar pela família. Não voltemos as costas para a causa da família”.

O padre Luiz Junior encerrou seu pronunciamento afirmando que a Câmara de Vereadores tem participação fundamental na construção de famílias melhores quando da elaboração de leis. “Olhem com olhos de misericórdia para tantas famílias que necessitam de vocês; para que esta Casa olhe com cuidado para tudo aquilo que é apresentado muitas vezes aparentemente como defesa do povo, mas que embutido ali estão agressões básicas aos valores da família. Então somos contra a ideologia de gênero, somos contra a tudo que desagrega, que agride a família. Respeitando opiniões contrárias, não queremos de maneira nenhuma ofender a ninguém, mas também não queremos ser ofendidos, não queremos ter a família agredida. Que Deus abençoe a todos vocês, perseverem na luta e contem com a nossa presença e nossa participação. As igrejas estão aqui para ajudar na defesa da vida e da família”, concluiu.

Assista abaixo ao vídeo do pronunciamento completo do padre Luiz Júnior.

 

 

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